Pink Floyd recoloca Live at Pompeii nos cinemas e anuncia relançamento
- 05/03/2025
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Versão restaurada em vídeo chegará a salas IMAX a partir do dia 24 de abril; áudio ganhará nova edição em 2 de maio.
Pink Floyd at Pompeii – MCMLXXII, filme de 1972 realizado por Adrian Maben, retorna aos cinemas em 2025. A Trafalgar Releasing e a Sony Music Vision vão lançar o filme-concerto em salas selecionadas e IMAX em todo o mundo a partir de 24 de abril e os ingressos estarão à venda a partir de 5 de março no site pinkfloyd.film.
Ainda não há informações sobre as salas que exibem. Porém, o comunicado sobre a novidade foi divulgado pela Sony Music nacional, logo, imagina-se que o Brasil será contemplado.
O material foi remasterizado digitalmente em 4K a partir das imagens originais de 35 mm. O áudio foi melhorado e mixado por Steven Wilson.
Pink Floyd at Pompeii – MCMLXXII será acompanhado pelo álbum ao vivo, que será lançado em CD e vinil pela Legacy Recordings — a divisão de catálogos da Sony Music em áudio digital — e, pela primeira vez, em Dolby Atmos, a partir de 2 de maio.
Apresentando um primeiro olhar sobre as filmagens e o áudio recém-restaurado, o videoclipe da performance de “Echoes” em Pompeii já está disponível. Clique aqui para conferir.
Sobre Pink Floyd: Live at Pompeii
Pink Floyd: Live at Pompeii foi gravado anteriormente à sequência de amplo sucesso do Pink Floyd, iniciada com o álbum The Dark Side of the Moon (1973). O filme documenta o que fazia a banda antes de se tornar gigante nos rankings de vendas de álbuns em ambos os lados do Atlântico.
Gravado nas ruínas do antigo anfiteatro romano em Pompeia, Itália, este filme capta o Pink Floyd em um concerto sem público. Filmado em outubro de 1971, o espetáculo marcou o primeiro show ao vivo realizado em Pompeia e inclui músicas como “Echoes”, “A Saucerful of Secrets” e “One of These Days”.
Pink Floyd em 1973 (E-D): Rick Wright, Dave Gilmour, Roger Waters e Nick Mason - Foto: Michael Ochs Archives / Getty Images
Para além disso, o filme inclui imagens raras dos bastidores do início do trabalho da banda em The Dark Side of the Moon, nos Abbey Road Studios. O baterista Nick Mason afirma em nota que “Pink Floyd: Live at Pompeii é um documento raro e único da banda atuando ao vivo no período anterior a The Dark Side of the Moon”.
A restauração
Nesta nova versão, o filme foi restaurado à mão, fotograma a fotograma, a partir do negativo original de 35mm — descoberto em cinco latas com rótulos duvidosos nos arquivos do Pink Floyd. Esta descoberta desenterrou o mesmo filme que passou pelas câmaras durante aqueles dias no meio das ruínas de Pompeia, há mais de 50 anos.
Liderada por Lana Topham, diretora de restauração do Pink Floyd, a equipe tinha como missão preservar a integridade e a beleza da imagem original. O filme foi digitalizado em 4K usando técnicas avançadas para garantir detalhes finos. As cores foram aprimoradas e cada quadro foi revisado e reparado, com ajustes mínimos de granulação. Em nota, Topham afirma:
“Desde 1994, tenho procurado as elusivas imagens do filme Pink Floyd: Live at Pompeii, portanto, a recente descoberta do negativo original de 1972, cortado em 35 mm, foi um momento muito especial. A versão recém-restaurada apresenta o primeiro corte completo de 90 minutos, combinando a edição original de 60 minutos da apresentação com os segmentos adicionais do documentário do Abbey Road Studios, filmados logo depois.”
O filme também apresenta uma nova mixagem de áudio para cinema e televisão feita por Steven Wilson em 5.1 e Dolby Atmos que visa aprimorar a profundidade e a clareza do filme. O objetivo de Wilson era permanecer fiel ao som da banda naqueles dias de calor escaldante em 1971. Ele acrescentou:
“Desde quando meu pai me fez uma lavagem cerebral quando eu era criança, tocando The Dark Side of the Moon repetidamente, o Pink Floyd tem sido minha banda favorita. Eles são meus Beatles, estão profundamente enraizados em meu DNA musical. Vi Pompeii pela primeira vez em uma cópia granulada em um cinema local. O filme causou uma impressão incrível em mim com o seu rock exploratório e sem amarras, feito por quatro músicos que pareciam sintetizar a noção de intelectual descolado. Foi uma honra remixar a trilha sonora para acompanhar a incrível restauração do filme, feita por Lana Topham, que parece que poderia ter sido filmado ontem.”