Os 25 melhores filmes de 2025 - e onde assisti-los
- 23/12/2025
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De blockbusters a sucessos de festivais, o que 2025 tem de melhor no cinema e streaming.
O ano de 2025 veio com muita expectativa para o cinema e streaming - e, após doze meses de cobertura intensa aqui na POWER, podemos afirmar que ele entregou. Entre grandes filmes nacionais, blockbusters de todos os tipos e sucessos em festivais, há um pouco de tudo na lista a seguir.
O ranking abaixo contém os 25 melhores filmes de 2025, deicididos por votação na redação da Power. Alguns ainda serão lançados nos cinemas brasileiros, mas colocamos aqui para que você já anote no calendário. Outros já estão disponíveis, e é só correr pra conferir.
25. F1
Onde assistir: Disponível para streaming no Apple TV+.
Abrimos nossa lista com uma das melhores experiências cinematográficas do ano. F1 é, acima de tudo, uma conquista técnica: a imersão no esporte mais rápido do mundo só é atingida com tamanha perfeição devido à ousadia na captura de imagens e áudio — claro, ter um dos melhores compositores da história em seus créditos é uma grande ajuda. O enredo, que definitivamente não tem ambições tão grandes quanto o restante do longa, carrega o simples papel de não ser atropelado pela freneticidade, e ainda que haja alguns soluços no meio do caminho, é difícil não vibrar com a história de Sonny Hayes e Joshua Pierce.
24. Eddington
Onde assistir: A partir de 27 de dezembro, disponível para aluguel e compra no Prime Video.
Mesmo poucos anos depois do fim da pandemia de covid-19, olhar para trás e lembrar daquela época já causa algum estranhamento. Lembrar do uso constante de máscaras, a preocupação em se manter a um metro e meio da próxima pessoa da fila e os inevitáveis conflitos morais sobre qualquer encontro com amigos e familiares já são parte do passado - mas Ari Aster nos faz reviver tudo isso da forma mais agoniante e intensa possível. Não existe alinhamento político que passe ileso em Eddington: atirando para todos os lados e sem qualquer traço de medo em incomodar seu público, o filme cria suas tensões nas nuances e enfim as explode de forma memorável.
23. Coração de Lutador: The Smashing Machine
Onde assistir: Disponível para aluguel e compra no Prime Video.
Quando Coração de Lutador chegou aos festivais de Veneza e Toronto, parecia que o caminho para Dwayne Johnson chegar ao Oscar estava aberto. Outros concorrentes apareceram e as coisas ficaram mais turbulentas para The Rock, mas a verdade é que sua iniciativa de “cinema sério” ao lado de Benny Safdie é sim um grande filme. Todo filmado com um olhar documental e sem nunca esquecer que o mais importante se passa fora do ringue, The Samshing Machine é um retrato cru e sofrido do sonho americano. Johnson brilha como o lutador Mike Kerr e Safdie encontra em Ryan Bader (ex-lutador de UFC) um coadjuvante impecável e que merecia mais atenção.
22. Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria
Onde assistir: A partir de 1º de janeiro, em cartaz nos cinemas brasileiros.
O título desconcertante de Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria é menos sobre descrever uma situação do filme, e mais sobre evocar um sentimento de desamparo, de dificuldade intransponível, que é essencial em sua construção temática. A diretora/roteirista Mary Bronstein acompanha a psicóloga vivida por Rose Byrne (em performance inegável que deve lhe render sua primeira indicação ao Oscar) através de uma espiral de desgraças e infortúnios, diante dos quais ela se vê sem rede de apoio e sem rota de fuga. Esse retrato da maternidade como um pesadelo inescapável incomoda, é claro, e há quem vá acusá-lo de pornografia da miséria – mas o amargor, aqui, parece mesmo é merecido.
21. Dreams
Onde assistir: Disponível para streaming no Reserva Imovision.
As narrativas que criamos em nossas mentes tem um poder peculiar. Elas alteram a realidade à nossa volta, a química de nosso corpo e as vontades de nosso coração. Se Dreams é filmado como um devaneio, não é um acidente: Dag Johan Haugerud filma a história de Johanne como algo sonhado, desaparecendo numa manhã nublada enquanto sua sonhadora tenta de tudo para trazer a fantasia à realidade, e precisa lidar com as consequências emocionais de entender a diferença entre esses dois mundos. Enquanto a estudante fantasia sobre um relacionamento com sua professora, somos constantemente confrontados com o enorme desfiladeiro entre aquilo que imaginamos, e aquilo que realmente está acontecendo.
20. Avatar: Fogo e Cinzas
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas brasileiros.
Se tem uma coisa que James Cameron sabe fazer como ninguém são espetáculos visuais impressionantes. Com a franquia Avatar, ele testa os limites dessa habilidade, unindo a mais alta tecnologia de computação gráfica a habilidades inquestionáveis de um elenco comprometido. Fogo e Cinzas, o terceiro filme da franquia, foca todas as suas energias nisso, enquanto mescla os acertos de seus predecessores a uma viagem pela carreira de Cameron. Propositadamente desconfortável, o filme traz claras referências a Titanic, Aliens: O Resgate e até mesmo Piranhas 2, enquanto tenta brincar com uma filosofia sobre elementos, como fez nos filmes anteriores. Mesmo quando recicla conceitos da franquia, o filme apresenta um tom de originalidade, se afastando dos primeiros e encontrando seu próprio propósito.
19. Chainsaw Man: O Filme - Arco da Reze
Onde assistir: Disponível para aluguel e compra no Prime Video.
A barreira de entrada para Chainsaw Man é uma das mais altas entre os animes populares desta geração: convencer alguém a assistir uma obra em que o protagonista tem a grande motivação de pegar em peitos é uma tarefa árdua, mas que não demora a ser recompensada. Em Arco da Reze, mais do que as batalhas incríveis ou a evolução dos poderes de alguns personagens, a verdadeira essência da escrita de Tatsuki Fujimoto aparece: o crescimento de um homem que viveu à beira da sociedade desde que nasceu, e seu speedrun de aprender as nuances do que o tornam humano. Mesmo para quem não quiser gastar massa cinzenta com essa reflexão, o filme ainda entrega visuais incríveis e abusa de estéticas ousadas, com uma das trilhas sonoras mais competentes do ano.
18. Sonhos de Trem
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.
Poético como um livro, mas lindo como só o cinema é capaz de entregar, a adaptação de Sonhos de Trem de Clint Bentley narra uma vida comum num período incomum, e traz à tona, através da atuação da vida de Joel Edgerton, a experiência de testemunhar um mundo em mudança constante, e o terror e maravilhamento de experimentar tais alterações. Começando no fim do Século 19 nos EUA, o filme passeia pelo tempo através dos olhos de Robert Grainier, e no processo, nos lembra do quão espetacular o cotidiano pode ser.
17. Cloud: Nuvem de Vingança
Onde assistir: Disponível para streaming na MUBI.
Kiyoshi Kurosawa tem um senso de humor perverso. Em suas mãos, a ambição e cobiça desenfreadas das pessoas dispostas a roubar, mentir e dar golpes para enriquecer no pós-capitalismo é quase uma divina comédia. Cloud é, em primeiro lugar, um surpreendente e divertido filme de suspense e vingança, repleto de reviravoltas e cenas tensas. Seu final, porém, sublinha tudo que veio antes com um ar assustador. Como se nossos erros alimentassem coisas muito, muito mais assustadoras do que o revendedor de itens online que protagoniza essa história tragicômica.
16. A Meia-Irmã Feia
Onde assistir: Disponível para aluguel e compra no Prime Video.
Emilie Blichfeldt está cansada de ouvir mentiras. A cineasta norueguesa faz do seu A Meia-Irmã Feia, que se tornou uma sensação do terror desde a estreia no Festival de Sundance 2025, um ataque direto às falsidades que dominam a experiência feminina – a mentira de uma beleza e uma leveza inalcançáveis, é claro, mas também a mentira dos romances aos quais aspiram as meninas e mulheres que perseguem essa beleza, e a mentira do feminismo higienizado que pauta as discussões sobre o assunto. Deturpando a estética de bibelô dos contos de fadas com um prazer perverso óbvio, e provocando o espectador para saber até onde ele continua ao lado de sua protagonista, Blichfeldt fez a evolução natural de A Substância… e um filme até melhor do que ele.
15. Sorry, Baby
Onde assistir: Indisponível no Brasil após passagem pelos cinemas.
A narrativa do trauma é o motor mais comum das histórias hollywoodianas atuais. Seja no cinema ou na televisão, a ideia de que somos definidos por nossas cicatrizes, e salvos quando as superamos, já foi amplamente explorada, ao ponto de virar algo além de um clichê. É, então, refrescante ver Eva Victor rejeitar isso e dizer que somos mais do que aquilo que nos aconteceu. Sim, a dor permanece. Sim, somos alterados de maneira irreversível. Mas sua Agnes em Sorry, Baby nunca é reduzida ao pesadelo que viveu, e nem precisa superá-lo para ser uma pessoa completa. Agnes muda, mas não deixa de ser Agnes.
14. Superman
Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.
Todos os olhos do mundo da cultura pop estavam voltados para o início do DCU. O que James Gunn iria aprontar com o mais clássico dos super-heróis? O diretor que colocou os Guardiões da Galáxia de vez no mapa não decepcionou e criou uma história que não precisava apresentar toda a história de origem de Kal-El e jogou o público direto em um mundo onde heróis já são conhecidos há décadas e monstros aparecem com a maior naturalidade possível. Mas o maior acerto do “cabeça branca” foi entender que Clark Kent é o Homem de Aço, mas o que faz dele o grande herói da DC é o coração. David Corenswet encarnou isso com precisão e seu trio formado com Rachel Brosnahan (Lois Lane) e Nicholas Hoult (Lex Luthor) foi responsável por alguns dos grandes momentos do cinema de heróis do ano. Desta vez, depois de muitos e muitos anos, a DC finalmente venceu e respirou aliviada.
13. Better Man: A História de Robbie Williams
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.
Um pastiche admitido da história de sucesso universal que ditou as cinebiografias que o precederam, Better Man é melhor do que grande parte delas simplesmente por ser apaixonado pelo espetáculo. Ajuda ter um biografado insolitamente sincero sobre suas próprias falhas (algumas, gritantes) e demônios, ajuda o catálogo grudento de canções que dita o ritmo do filme, e ajuda muito o trabalho de CGI impecável da WETA para criar o protagonista símio que substitui Robbie Williams na tela. Mas, no fundo, Better Man é brilhante porque abraça a vulgaridade irresistível do showbusiness, e apela para a humanidade que o adora sem nenhum pudor.
12. A Única Saída
Onde assistir: A partir de 22 de janeiro, em cartaz nos cinemas brasileiros.
Ok, se o filme tem Park Chan-wook na direção, logo ele ganha a atenção do mundo. A Única Saída não foi diferente. As sessões em festivais do segundo semestre foram lotadas, com longas filas de espera e muita expectativa. No fim, todas foram cumpridas com excelência. O diretor usa todo seu senso de estilo, humor ácido e fascínio pela violência para recontar - o livro The Ax já havia sido adaptado por Costa-Gravas - a história de um homem que decide eliminar todos seus concorrentes para que ele consiga uma vaga de emprego. Um divertido, instigante e surpreendentemente cruel e dramático retrato da crise capitalismo e da luta de classes.
11. Foi Apenas Um Acidente
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas brasileiros.
Os efeitos de um regime como o que assola o Irã há anos não se resumem a conflitos armados e tortura corporal. As cicatrizes físicas de experimentar essas coisas também trazem consequências psicológicas duradouras, e o eletrizante e arrebatador Foi Apenas um Acidente mostra até que ponto isso pode nos levar, especialmente quando justiça (ou vingança) surge como uma possibilidade. Que o diretor do filme, Jafar Panahi, tenha sido mais de uma vez condenado à prisão no país, só confirma a sabedoria com a qual ele aborda esse suspense intenso.
10. A Hora do Mal
Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.
Se, em Noites Brutais, Zach Cregger se mostrou um estreante promissor, em A Hora do Mal ele prova que as expectativas foram colocadas no lugar certo. Em ambos filmes, o diretor consegue extrair algo único de uma premissa simples: tropos comuns do horror são usados sem nenhum pudor nos seus trabalhos, e a mágica está em como Cregger os subverte para criar uma nova identidade. Ambicioso em sua duração e formatação, A Hora do Mal prende o espectador na cadeira até o último minuto enquanto vai revelando, aos poucos, sua verdadeira face. Mesmo depois de totalmente descoberto, o filme não tarda a recompensar a espera e apresenta um dos finais mais satisfatórios do ano.
9. Hamnet: A Vida Antes de Hamlet
Onde assistir: A partir de 15 de janeiro, em cartaz nos cinemas brasileiros.
Nenhum filme vai te fazer chorar mais na próxima temporada de premiações do que a adaptação de Chloé Zhao para o livro de Maggie O’Farrell. Mas, ao contrário da manipulação barata de alguns dramas por aí, a diretora vencedora do Oscar constrói com seu naturalismo habitual uma história de amor, luto e remorso que serão o combustível para a criação de uma das obras mais famosas do mundo: Hamlet, de William Shakespeare. Jessie Buckley tem uma das melhores atuações do ano e não dá chance para ignorarmos o amor dessa mãe por seus filhos e sua família. Jacobi Jupe é um achado e o final de Hamnet é nada menos do que arrebatador.
8. Valor Sentimental
Onde assistir: A partir de 25 de dezembro, em cartaz nos cinemas brasileiros.
Joachim Trier conquistou o mundo com A Pior Pessoa do Mundo, mas foi no Festival de Cannes de 2025 que o diretor norueguês viu seu nome explodir em expectativas após as calorosas críticas e aplausos que Valor Sentimental recebeu. Ancorado nas atuações impecáveis de Stellan Skarsgård e Renate Reinsve, amparados com outras coadjuvantes não menos excelentes de Elle Fanning e Inga Ibsdotter Lilleaas, o drama traça um paralelo doloroso entre vida e arte, a transformação que só ela é capaz de fazer e os laços familiares que lutamos para manter fortes ao longo do tempo. Há uma cena entre Renate e Inga que é, no mínimo, devastadora e resume tudo o que Trier quer dizer ao longo da história.
7. Oeste Outra Vez
Onde assistir: Disponível para streaming no Globoplay.
A masculinidade silenciosa e enganosamente polida praticada pelos personagens de Oeste Outra Vez é a arma mais valiosa do roteiro de Erico Rassi, também diretor deste brilhante faroeste revisionista brasileiro. No interior de Goiás, a rivalidade entre dois brucutus essencialmente solitários transborda em um cruzamento de matadores contratados, (mal-)resolvido por cima de copinhos americanos de cerveja e café, numa batalha de gentilezas que sublima uma violência assustadora. Rassi filma e escreve com bom humor irrepreensível, mas nunca perde de vista que, no fundo, essa é uma história de espíritos quebrados, que precisa deixar o espectador quebrado com eles. Quando os créditos sobem, a missão foi mais do que cumprida.
6. Guerreiras do K-Pop
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.
Difícil pensar em uma narrativa pop mais marcante, nos últimos anos do cinema, do que Guerreiras do K-Pop. Não só a animação produzida pela Sony para a Netflix dominou o discurso cultural desde o seu lançamento, em junho, como ela também realiza o essencial para uma obra pop: captura tendências e as alicia para falar de temas que ressoam para além delas. Uma história vibrante sobre quebra de padrões geracionais opressivos, que não funcionam mais diante da exposição exacerbada do contemporâneo, a obra de Maggie Kang e Chris Appelhans é o melhor de todos os mundos: um filme pop grudento e delicioso, que também tem algo a dizer.
5. Extermínio: A Evolução
Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.
Quem poderia imaginar que Extermínio, uma produção do início do milênio, poderia se tornar um dos melhores filmes do ano, quase 25 anos depois do original? A resposta: Danny Boyle e Alex Garland, a dupla do filme de 2002. Inserindo novos personagens em um cenário dominado pelos zumbis, a dupla entregou uma das produções mais interessantes do ano, avançando no conceito dos infectados, inserindo novos cultos e rituais da população e não tendo medo de injetar emoção em um mundo dominado pelo terror. Alfie Williams brilha como Spike e Ralph Fiennes e Jack O’Connor deixam tudo preparado para querermos voltar para Extermínio: Templo dos Ossos, em 2026.
4. Marty Supreme
Onde assistir: A partir de 22 de janeiro, em cartaz nos cinemas brasileiros.
O épico americano da nova geração. Josh Safdie constrói em cima da ansiedade cômica com a qual construiu Joias Brutas e Bom Comportamento, e eleva isso a outro escopo. Aliado da melhor atuação da carreira de Timothée Chalamet, seu Marty Supreme é um frenético e irresistível jogo de vai-e-vens; uma epopeia sobre tentar; tentar ser alguém; tentar ter mais dinheiro; tentar segurar o mundo na mão. No processo, Safdie fala sobre a experiência do judeu, sobre triunfalismo dos EUA e sobre o nervosismo implacável de virar um pai. Um dos melhores do ano.
3. O Agente Secreto
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas brasileiros.
Memórias: as que temos, as que perdemos e as que são apagadas intencionalmente. Kleber Mendonça Filho dá um novo passo no tema - após o ótimo Retratos Fantasmas - com a história de um homem que precisa se esconder em Recife durante a Ditadura Militar. Wagner Moura mostra porque é o maior ator da atual geração do Brasil e se prova (mais uma vez) um dos nomes que mais merece atenção no mundo do cinema. O Agente Secreto nunca precisa citar o grande mal que cerca a história de Marcelo. Kleber Mendonça deixa claro que esse terror está infiltrado nas instituições e que o protagonista só pode confiar em alguns, que como ele, também lutam para sobreviver. Essa proteção ganha ainda mais força com a incrível Tânia Maria e sua Dona Sebastiana, desde já na galeria de grandes personagens do cinema nacional.
2. Uma Batalha Após a Outra
Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.
Life, man. Life! Poucas vezes um filme capturou tão bem seu momento como Uma Batalha Após a Outra. Quando o descrevemos como definidor do século, temos em mente que Paul Thomas Anderson colocou em tela a desesperadora sensação de estar vivo no aqui e agora, e a ainda mais desesperadora sensação de pensar que mais lutas aguardam as gerações que criamos. Genuinamente hilário e impecavelmente dirigido, seu épico de ação voa em tela durante suas três horas de duração, pousando apenas para pontuar a principal ideia de sua narrativa frenética. A batalha do Bob de Leonardo DiCaprio acabou. Agora, há outra começando.
1. Pecadores
Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.
A briga na redação do Omelete foi intensa. Ânimos exaltados, gente levantando das cadeiras, votação aberta aos grito - mas, em uma luta dura com o filme de Paul Thomas Anderson, quem saiu vitorioso e foi eleito o melhor filme do ano foi Pecadores.
A produção de Ryan Coogler se tornou um fenômeno desde sua estreia, misturando uma trama de vampiros com a história da música americana e da população negra no país. O diretor se inspira em lendas como Robert Johnson e na história de seus próprios antepassados para criar um produto pop, que pulsa na tela com a trilha sonora de Ludwig Göransson e encanta por todos os aspectos técnicos e por seu incrível elenco, encabeçado pelo ótimo Michael B. Jordan, interpretando os irmãos gêmeos Smoke e Stack, veteranos da Primeira Guerra, que retornam de um tempo trabalhando com a máfia de Chicago para abrir seu próprio negócio no Delta do Mississipi.
Há ao menos dois momentos musicais fantásticos, e Coogler brilha ao misturar fantasia e realidade. Não é à toa que Pecadores foi um sucesso de crítica e bilheteria, se destacando como obra original em meio ao caminhão de continuações e adaptações que chegam aos cinemas toda semana. Depois de reinventar o mundo de Rocky com Creed e colocar a Marvel em outro patamar com Pantera Negra, Ryan Coogler cria sua própria marca de sucesso e, por tudo isso, o melhor e mais importante filme de 2025.




































