Papa Francisco morre aos 88 anos. Relembre seus artistas e estilos musicais favoritos

• 23/04/2025
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Pontífice tinha um gosto eclético, mas como um bom argentino era fã de tango.

O Papa Francisco morreu aos 88 anos, às 7h35 no horário do Vaticano (2h35, em Brasília), nesta segunda-feira (21). O pontífice ocupou por 12 anos este que é o cargo mais alto da Igreja Católica.

O momento de luto serve para relembrarmos com carinho de sua figura. Considerado o "papa mais pop" que passou pela Igreja, Francisco jamais escondeu sua relação afetuosa com a música. Seu gosto musical era diretamente conectado com suas raízes argentinas, mas também atento à beleza transcendente de outros gêneros

O Vagalume traz neste especial uma pequena história da relação do Papa Francisco com a música como uma forma de homenageá-lo. Veja a seguir:

TANGO E GARDEL

Nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, Francisco cresceu ouvindo tango — gênero que sempre carregou com carinho em sua trajetória. Entre os artistas que mais admirava estava Carlos Gardel, ícone máximo do tango tradicional.

Uma curiosidade liga Francisco desde o seu nascimento a Gardel. Ele foi batizado na mesma igreja que a lenda do tango cantava em corais, a basílica de San Carlos Borromeo y María Auxiliadora de Buenos Aires.

MÚSICA CLÁSSICA E LOJA DE DISCOS

Mas, sua apreciação pela música era muito mais ampla. A música clássica também ocupava um espaço especial em sua vida espiritual. Francisco era um grande admirador de compositores como Beethoven, Bach e Mozart, cujas obras ouvia com frequência.

Surpreendentemente, o papa também frequentava lojas de discos. Em 2015, ele foi visitar amigos donos da loja "StereoSound", perto do Panteão, em Roma.

O que era para ser uma visita privada acabou ganhando conhecimento mundial pois havia um repórter no local que registrou tudo. Inclusive que o Papa Francisco voltou para a sua residência, no Vaticano, com um CD (de música clássica), presente dos donos da loja.

O ÁLBUM MUSICAL DO PAPA

Em 2015, o Papa lançou o álbum “Wake Up!”, projeto que mistura rock progressivo, coros litúrgicos e seus discursos em várias línguas. A iniciativa, vista por muitos como ousada, mostrou sua abertura ao diálogo entre tradição e modernidade, e como ele acreditava que a música podia ser uma ponte para o espiritual, mesmo fora dos muros da Igreja.