A fortuna que o mercado musical movimentou no Brasil em 2024
- 24/09/2025
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Estudo desenvolvido pela Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima) apresenta dados importantes para compreender o setor.
A Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima) apresentou um estudo chamado “O PIB da Música no Brasil” que revela, dentre outros números, o quanto o mercado musical movimentou no país em 2024.
De acordo com o levantamento, o setor fez girar R$ 116 bilhões na economia brasileira somente no ano passado. A maior fatia (R$ 94 bilhões) desse bolo vem de shows e apresentações ao vivo.
Em seguida aparecem: compra e venda de equipamentos de áudio (R$ 13,9 bilhões), gravação de músicas e discos (R$ 3,4 bilhões), fomento público (R$ 2,6 bilhões) e direitos autorais (R$ 1,8 bilhões).
De acordo com Daniel A. Neves, presidente da Anafima, o setor está em expansão, mas ainda pode ser ampliado consideravelmente se receber mais incentivo fiscal e investimento.
A força do streaming
No âmbito da música gravada, o streaming aparece atualmente como principal produto de consumo, correspondendo a 87% dos R$ 3,4 bilhões gerados nesse segmento. Dentre as plataformas disponíveis no país, o Spotify lidera o mercado, com 60,7% de participação.
Esses números posicionam o Brasil como um dos 10 maiores mercados mundiais no que se refere a consumo de streaming (via Folha de S. Paulo).
Compositor ainda recebe pouco
Um aspecto preocupante apontado pelo estudo é que o compositor ainda aparece com uma fatia muito pequena do lucro nessa cadeira produtiva.
Dos R$ 3,4 bilhões gerados com música gravada no Brasil em 2024, apenas R$ 250 milhões foram para os bolsos de quem cria as canções — ou seja, recebe direitos autorais.
Concentração por região
O estudo foi apresentado pela Anafima no evento Conecta + Música e Mercado, em São Paulo, na última quinta-feira, 18.
Ele também escancara que o Sudeste concentra a maior fatia do mercado fonográfico nacional, com 53% de participação no número de empresas.